Com federações partidárias fortalecidas e fusões emperradas, partidos políticos influenciam equilíbrio de poder e desafiam governo rumo às eleições de 2026.
Federações ganham força, enquanto fusões sofrem resistência.
Nos bastidores do Congresso do Brasil, o destaque já é visível: após anunciar oficialmente a Federação União Progressista em abril, União Brasil e Progressistas consolidaram a maior coalizão parlamentar do país, contabilizando 109 deputados federais e 14 senadores. À frente de quatro ministérios, os partidos já ensaiam um distanciamento da base do governo Lula, inclusive articulando votos conjuntos contra propostas como o novo pacote fiscal.
Segundo o deputado Cláudio Cajado (PP-BA), a federação pode alterar de forma decisiva o equilíbrio do poder: “Qualquer presidente eleito terá que negociar diretamente com um bloco que representa 20% do Parlamento.” Cajado ainda explica que, só na Bahia, a expectativa é ampliar o número de cadeiras dos atuais nove para até doze.
• Orçamento robusto: A União Progressista terá cerca de R$ 1 bilhão do fundo eleitoral, maior valor entre as legendas.
• Projeção 2026: Estimativa é lançar até 120 candidatos à Câmara na próxima eleição, ampliando o número de candidaturas registradas junto ao [Tribunal Superior Eleitoral (TSE)](https://www.tse.jus.br).
• Estratégia declarada: "Há tendência de afastamento da base do governo, visando fortalecer as siglas para as eleições proporcionais", resume o deputado.
Redução de partidos pode simplificar política, mas amplia tensão nos bastidores.
O cientista político Murilo Medeiros (UnB) destaca que a diminuição de partidos políticos deve racionalizar o Congresso: “Um presidente pode articular uma base mais coesa com menos siglas”, avalia. Ao mesmo tempo, alerta para o aumento de poder dos médios e grandes partidos e ressalta: a coerência interna nas federações partidárias não é garantida, o que exige habilidade extra do governo para negociar tanto com o bloco quanto com seus integrantes.
• Objetivo é reduzir fragmentação e facilitar governabilidade.
• Nos estados e municípios, diferenças entre partidos federados podem gerar instabilidade.
• Ainda assim, a base do governo Lula em 2025 é vista como "fragmentada, fluida e com baixa fidelidade", sinalizando desafios para aprovar reformas e projetos fundamentais para as próximas eleições.
Federações novas e partidos autônomos aquecem disputa pré-2026.
Na esteira da Federação União Progressista, PRD e Solidariedade oficializaram aliança nacional em 25 de junho, reunindo 10 deputados federais e apostando no discurso de centro. Já as fusões trilham caminho difícil: entraves internos barraram a união entre PSDB e Podemos, enquanto o MDB vê resistência à junção com Republicanos.
Do outro lado, legendas consolidadas ensaiam posturas independentes: PSD e Republicanos aumentam a distância do Planalto, enquanto o Progressistas sobe o tom crítico. Surpreende ainda o Movimento Brasil Livre (MBL), que alcançou o número mínimo de assinaturas para registrar o partido Missão e planeja candidatura presidencial em 2026, feito inédito diante de tentativas fracassadas como a do Aliança pelo Brasil.
Conclusão
O avanço das federações partidárias e a resistência às fusões moldam um cenário de disputas acirradas e negociações complexas, com grandes blocos fortalecidos à medida que as eleições de 2026 se aproximam. A União Progressista, com estrutura robusta e orçamento bilionário, se projeta como força central — tanto para atrair apoios quanto para impor obstáculos ao governo do Brasil. Em meio ao ciclo de alianças e dissidências, a política brasileira se reinventa, com novas legendas, candidaturas e reconfiguração do poder político no Congresso.
No xadrez eleitoral de 2026, menos partidos políticos não significam menos tensão: o embate por espaço e influência promete capítulos intensos, com a expectativa de que o número do candidato, as coligações e o registro de candidaturas sejam decisivos para a votação nas urnas eletrônicas.
NOTICIAS REDNEWS 28/06/2025
Até a próxima edição; É só o começo!
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• Acesse o [Autoatendimento Eleitoral](https://www.tse.jus.br/servicos-eleitorais/autoatendimento-eleitoral) para serviços eleitorais.
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