Dois herdeiros políticos de Bolsonaro prestarão depoimento em investigações sobre ameaça à democracia — tensão e expectativa no Supremo.
Depoimentos de Carlos e Eduardo Bolsonaro visam esclarecer trama golpista.
O ministro Alexandre de Moraes marcou para 16 de julho o depoimento de Carlos Bolsonaro (vereador-RJ) e Eduardo Bolsonaro (deputado federal-SP) no Supremo Tribunal Federal. Ambos foram arrolados como testemunhas de defesa de Filipe Martins, ex-assessor internacional do ex-presidente Jair Bolsonaro, investigado por suposta tentativa de subversão democrática no país.
Segundo a agenda do STF, a oitiva dos filhos do ex-presidente faz parte de uma série maior de audiências que ocorrerão entre 14 e 21 de julho. “Essa fase é crucial para coleta de informações detalhadas sobre possíveis articulações para perpetuação no poder”, explicam fontes jurídicas próximas ao processo. Moraes reforçou a importância do comparecimento para garantir integralidade das investigações conduzidas pelo Supremo.
- A ação integra a apuração de suposta tentativa de golpe para impedir a saída de Bolsonaro do comando do Executivo.
- Carlos e Eduardo prestarão esclarecimentos como testemunhas, não como réus ou investigados.
Esse movimento demonstra o avanço de procedimentos no STF para entender a profundidade das articulações denunciadas — contexto central das recentes disputas institucionais brasileiras, essenciais no atual cenário de investigação sobre ameaças à democracia.
Filipe Martins é o principal alvo da defesa e acusações.
A escolha dos filhos de Bolsonaro como testemunhas foi estratégica: Filipe Martins, ex-assessor internacional da Presidência, é figura-chave no núcleo investigado. Martins é acusado de ser um dos articuladores de possíveis tentativas antidemocráticas no período final do mandato de Bolsonaro.
De acordo com a peça de acusação, a defesa tenta mostrar fragilidade nas provas ao pedir o testemunho de pessoas próximas ao ex-presidente. “A participação de figuras públicas nesse contexto obriga o STF a intensificar a transparência e a cautela”, declarou um analista político ao REDNEWS.
- A fase de audiências é considerada decisiva para traçar responsabilidades concretas no âmbito das investigações.
- Outras testemunhas de peso, tanto da defesa quanto da acusação, serão ouvidas na semana do depoimento.
A oitiva de figuras emblemáticas da política nacional reforça o clima de tensão e instabilidade institucional, sinalizando impacto potencial para o cenário político brasileiro, inclusive envolvendo questões como reprovação de governo, pesquisas do [Datafolha](https://datafolha.folha.uol.com.br/avaliacao-de-governo/) e comparações frequentes entre Lula e Bolsonaro.
O calendário do STF evidencia a seriedade do caso.
O agendamento minucioso das audiências revela a prioridade que o Supremo atribui ao caso. Moraes determinou “calendário rígido e diligente”, responsabilizando as partes por informar previamente eventuais impossibilidades de comparecimento. Essa postura visa assegurar ampla defesa e celeridade processual.
O Supremo, ao ouvir tanto testemunhas de defesa quanto de acusação, busca neutralidade e profundidade de análise. “A justiça precisa ir além das versões; é a credibilidade do sistema democrático que está em jogo”, analisou um sociólogo ouvido pela reportagem. Nessa conjuntura, decisões do STF e possíveis desdobramentos em outras instâncias, como o STJ, têm potencial para influenciar avaliações sobre o Governo Bolsonaro e índices de reprovação apontados em pesquisas do [Datafolha](https://datafolha.folha.uol.com.br/avaliacao-de-governo/).
- O processo ocorre sob forte observação da opinião pública e da mídia nacional.
- As decisões podem influenciar os rumos das investigações e eventuais sentenças futuras relativas à possível organização criminosa articulada em torno da tentativa de permanência no poder.
Esse rigor processual reflete o papel do STF como guardião da ordem constitucional em tempos de crise, especialmente diante dos episódios do 7 de Setembro e das mudanças de cenário entre os governos Lula e Bolsonaro, temas recorrentes em debates públicos.
Conclusão
A oitiva de Carlos e Eduardo Bolsonaro como testemunhas no Supremo aprofunda uma investigação que mexe nas raízes da democracia brasileira, envolvendo diretamente figuras centrais do poder político recente. As audiências marcadas revelam o peso institucional do caso, podendo gerar consequências para o futuro dos envolvidos e da própria estabilidade política nacional. O que está em xeque não são apenas biografias individuais, mas sim a solidez do pacto democrático brasileiro. Aguarde: os próximos capítulos prometem redefinir o cenário diante desse clima de tensão, polarização e escrutínio público.
NOTICIAS REDNEWS 27/06/2025
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