Mesmo sob prisão domiciliar, ex-presidente aposta em virada com apoio internacional e pressão do Congresso.
Durante as comemorações do Dia dos Pais em Brasília, Jair Bolsonaro reuniu-se com familiares, em clima de tranquilidade apesar das restrições da prisão domiciliar. A ausência de Eduardo Bolsonaro, em viagem aos Estados Unidos, não diminuiu o tom de otimismo declarado pelo ex-presidente: “Finalmente vejo uma luz no fim do túnel”, afirmou diante da perspectiva de anistia que pode devolver-lhe os direitos políticos e também reacender o debate em torno da anistia bolsonaro no cenário nacional.
A conversa política não ficou restrita ao ambiente familiar. Crescem as expectativas em torno de Michelle Bolsonaro como figura central em futuras iniciativas eleitorais, inserindo o clã no radar das próximas disputas políticas e nas discussões sobre projeto anistia.
A movimentação no Congresso traz o tema da anistia para o centro da pauta.
Parlamentares alinhados a Bolsonaro intensificaram esforços para aprovar a anistia, destacando contrapartidas como a extinção do foro privilegiado – tema já debatido na Agência Senado. A articulação visa persuadir o Centrão a aderir, ampliando a possibilidade de votação anistia ainda neste semestre. Segundo avaliações bolsonaristas, a proposta de anistia irrestrita ressurgiu com força após esses movimentos, sinalizando papel de destaque para aliados bolsonaro anistia.
Pontua-se que, caso aprovada, a extinção do foro transferiria ao Judiciário comum o julgamento de desvios em emendas, retirando poderes do STF, questão central em embates políticos recentes que envolvem inclusive a atuação do Supremo sobre a anistia.
A pressão internacional – particularmente dos EUA sob Trump – amplia o impacto da crise.
O presidente americano Donald Trump adotou retaliações pesadas: tarifa de 50% contra exportações brasileiras e uso da Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes, intensificando a tensão diplomática e colocando a discussão sobre moraes anistia em destaque. Trump afirmou: “O Brasil está enfrentando leis bastante prejudiciais. Tentam uma execução política contra Bolsonaro, o que considero lamentável.” Ele deixou claro que pode ampliar as pressões caso Bolsonaro continue impedido de atuar, mantendo o ex-presidente sob a sombra da prisão bolsonaro.
Bolsonaristas acreditam que essa movimentação de Trump influenciará decisões-chave do Congresso e do Supremo, alterando o equilíbrio de forças na política nacional. O apoio explícito do governo americano expõe, de maneira incomum, a internacionalização da crise política brasileira, afetando também temas como paz economia anistia e anistia economia.
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