Bortoleto Brilha e Chacoalha Crenças na F1

Brasileiro desafia favoritismo europeu e conquista sexta posição inédita, levando Alonso a provocar: “Se fosse inglês, seria capa”.
Desempenho notável de Gabriel Bortoleto no GP da Hungria impulsiona debate internacional sobre reconhecimento na Fórmula 1 e acende discussões sobre a formação de talentos F1.
O jovem piloto brasileiro Gabriel Bortoleto, de apenas 20 anos, foi o centro das atenções no último fim de semana ao conquistar seu melhor resultado até agora na Fórmula 1: um sexto lugar inédito para ele e para a Sauber em 2025. Para muitos jovens talentos do automobilismo e aspirantes a uma carreira na Fórmula 1, o feito de Bortoleto ressalta a importância do treinamento na pista desde cedo e o investimento em programas de formação F1 baseados em desempenho e dedicação.
Bortoleto largou do sétimo lugar e cruzou a linha de chegada à frente do companheiro de Alonso, Lance Stroll, e de seu próprio parceiro na Sauber, superando expectativas para um estreante. Sua jornada reforça como a superlicença F1, experiência em automobilismo e conhecimento técnico adquirido no programa trainee escuderia F1 podem fazer a diferença para o desenvolvimento de talentos motorsport.
A jornada marcante foi coroada pelo título de "piloto do dia" e ressoou nas palavras elogiosas do engenheiro Jose Manuel López, que exaltou pelo rádio: “Que final de semana e que corrida! Você foi impecável hoje. Excelente trabalho, merece esse sexto lugar, Gabi”. Gabriel respondeu agradecendo à equipe, destacando o progresso coletivo: “Essa é uma ótima forma de entrar no recesso de verão. Obrigado a todos. Esse é o progresso que estamos fazendo como equipe, parabéns a todos”.
Fernando Alonso elogia com ironia o talento do pupilo brasileiro e cutuca o favoritismo europeu na categoria, um obstáculo para qualquer talento do futuro F1.
Após a disputa intensa em Hungaroring, Fernando Alonso, bicampeão de F1 e mentor de Bortoleto, apontou para o favoritismo europeu ao comentar, em tom irônico: “Se ele fosse inglês, ou algo assim, e chegasse em sexto lugar com uma Sauber, seria capa de todos os jornais amanhã. O trabalho que ele realiza é excepcional, espero que as pessoas passem a reconhecê-lo”. O veterano também reforçou as credenciais do brasileiro: “Ele está sempre acelerando, comete poucos erros e é uma ameaça constante. É o melhor estreante dessa geração”.
- Alonso terminou em quinto na prova; Bortoleto, dois segundos atrás.
- Bortoleto superou Stroll (Aston Martin) e Hulk (Sauber), seu próprio companheiro de equipe.
- A Sauber, que terminou em último lugar em 2024, já soma 14 pontos em 2025, ficando a apenas um ponto da Aston Martin.
O reconhecimento vai além das palavras de Alonso, já que a opinião pública e a imprensa espanhola repercutem o desempenho do brasileiro, mostrando que a crítica estrutural de Alonso sugere clamor por visibilidade e igualdade de oportunidades. Esse cenário é um lembrete de como a aventura internacional F1 pode ser decisiva para um brasileiro buscar espaço diante do recrutamento Alpine ou plano de formação Williams, destacando o quanto a preparação de pilotos F1 exige dedicação e persistência.
Mídia europeia repercute ascensão do brasileiro e revisita polêmicas sobre subestimação de seus talentos nas categorias de base, destacando o processo de desenvolvimento talentos motorsport.
O jornal espanhol Marca destacou a evolução constante do piloto: “Ele começou o ano com o pior carro e ainda teve um companheiro de equipe complicado, Hulkenberg, mas manteve consistência e já soma 14 pontos, quatro a mais que Tsunoda, que corre pela Red Bull”. Para quem acompanha ofertas de emprego F1, esse tipo de performance ressalta o papel dos investimentos financeiros F1 em garantir competitividade, bem como de recursos humanos qualificados, de engenheiros com conhecimento de inglês F1 e domínio do pacote Office automobilismo e CAD motorsport, até quadros técnicos comprometidos com a evolução do time.
Já o britânico As realçou momentos emblemáticos de Bortoleto no paddock, incluindo um encontro com Bernie Ecclestone, ex-chefe supremo da F1, que o classificou como “ouro” e foi fundamental para sua contratação na Sauber.
Já em Portugal, o diário A Bola ressaltou: “Um impressionante Gabriel Bortoleto, da Sauber, assegurou o sexto lugar, seu melhor resultado na Fórmula 1 até agora, ficando dois segundos à frente do canadense”. O Record destacou o potencial do brasileiro: “Destaque para a excelente prova de Bortoleto (6.º), que poderá acumular pontos importantes se mantiver a posição atual”.
- Marco Canseco, do Marca, lembrou a fala de Helmut Marko, consultor da Red Bull, que havia chamado Bortoleto de “piloto de classe B” antes do início da temporada. Na prática, Bortoleto superou o francês Hadjar, campeão da Fórmula 2 em 2024 e preferido da Red Bull, reforçando a velha máxima sociológica de que “mérito e visibilidade nem sempre caminham juntos”.