Em aliança inédita com Solana e Mastercard, governo cazaque aposta em cripto estatal para revolucionar o sistema financeiro nacional com stablecoin nacional.
O Banco Nacional do Cazaquistão lançou oficialmente a Evo, primeira stablecoin nacional do país atrelada ao tenge, em parceria estratégica com Solana e Mastercard. O projeto piloto, inserido no Sandbox Regulatório de Ativos Digitais do país, representa um esforço claro para aproximar as inovações do universo cripto ao setor financeiro tradicional, fortalecendo a infraestrutura financeira digital.
A stablecoin Evo (KZTE) é emitida pela exchange Intebix e pelo Eurasian Bank, contando com a infraestrutura da blockchain Solana e o suporte da Mastercard para integração global. Segundo Timur Suleimenov, governador do Banco Nacional, “hoje iniciamos a primeira stablecoin do Cazaquistão denominada em nossa moeda nacional, o tenge, dentro do sandbox regulatório”.
Com a Mastercard responsável por conectar o Evo a emissores globais, o projeto promete ampliar pontes entre criptoativos e a economia real, estabelecendo novo paradigma para stablecoin institucional e emissão de stablecoin nacional.
Potencial da Evo para o mercado e inclusão financeira
A Evo se apresenta como ponte prática entre o universo cripto e o sistema bancário, com impactos previstos em eficiência, inclusão financeira e competitividade nacional, favorecendo a adoção de stablecoins nacionais no cenário global.
Entre os usos viabilizados pelo novo ativo destacam-se a simplificação de transações entre cripto e moedas fiduciárias, pagamentos diretos com cartões cripto e facilitação da troca de criptomoedas. O fundador da Intebix, Talgat Dossanov, frisou: “Este é o primeiro caso em que o banco central exerce um papel proativo na emissão de uma stablecoin”.
A Evo surge em um contexto onde o Cazaquistão já é referência em mineração de Bitcoin, respondendo por mais de 13% do hashrate global em 2022, e segue avançando em iniciativas regulatórias semelhantes ao que se discute no mercado de stablecoin regulamentada e na licença bancária stablecoin em países como o Brasil, inclusive com seu próprio CBDC local, o Tenge Digital.
- Autorização recente para uso de stablecoins atreladas ao dólar (ex: Tether USDt) para pagamento de taxas no país, similar ao debate sobre autorização banco central para stablecoins no Brasil.
- Inovação digital alinhada a uma agenda macroeconômica de fortalecimento do mercado de ativos digitais cazaque e à transparência stablecoin na emissão de criptomoeda estável nacional.
Solana e Mastercard elevam potencial tecnológico e alcance global
A escolha de Solana e Mastercard como parceiras técnicas potencializa o alcance internacional da stablecoin Evo, tornando-a relevante além das fronteiras cazaques, e servindo de inspiração para frameworks regulatórios de stablecoin em outros países.
A Solana fornece uma infraestrutura de blockchain reconhecida pela velocidade e baixos custos transacionais, apoiando o processamento eficiente de pagamentos, a tokenização real e a conversão direta entre cripto e fiat. Com a integração operacional da Mastercard, o KZTE pode ser aceito por emissores globais e cartões internacionais, ampliando significativamente as possibilidades de uso cotidiano e interoperabilidade para stablecoin corporativa e pagamentos digitais Brasil.
Durante o lançamento simbólico, executivos de todos os parceiros enfatizaram que o movimento é inovador não apenas no âmbito nacional, mas serve de exemplo para bancos centrais interessados em explorar stablecoins estatais, inclusive na discussão sobre CBDC Brasil e real digital.
- O lançamento foi marcado por forte presença institucional de representantes dos setores envolvidos, destacando a importância de auditoria stablecoin e compliance stablecoin Brasil no contexto global.
- Integração entre criptoativos, blockchain e instrumentos de pagamento tradicionais é tendência para países em busca de autonomia tecnológica, reservas stablecoin Brasil e relevância global.
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