Corrida por isenção: dívida privada em alta impulsiona títulos de crédito no mercado

O mercado secundário de títulos de crédito privado bate recorde em 2025, impulsionado pela iminente tributação dos títulos de crédito.
Nos primeiros sete meses do ano, debêntures, CRIs e CRAs movimentaram R$ 615 bilhões, um salto de 14% frente a 2024 e de 47% em dois anos. Segundo a Pop BR, debêntures lideram com R$ 488 bilhões, enquanto CRIs e CRAs responderam por R$ 76 bilhões e R$ 51 bilhões, respectivamente. O volume negociado cresceu quase 200% desde 2021, quando não passava de R$ 210 bilhões, ampliando o papel dos títulos valor e dos documentos de crédito no cenário econômico.
A quantidade de títulos vendidos, porém, caiu de 10,5 para 6,2 bilhões de papéis — em contraste, o número de transações aumentou para 2,5 milhões, sinalizando o avanço do investidor individual no âmbito jurídico comercial dos títulos de crédito. Como explica Aruã Torigoe Kalmus, da Pop BR, “a queda no número médio de ativos por negociação aponta para o aumento da participação de investidores individuais nesse segmento de títulos comerciais e operações de crédito.”
Corrida pela isenção fiscal atrai novatos e expõe riscos esquecidos dos títulos valor.
O apelo das taxas altas soma-se ao último ano de isenção do IR para títulos emitidos até dezembro de 2025, acelerando as emissões e compras por investidores de varejo, muitos dos quais ingressam no segmento de crédito privado com conhecimento limitado dos riscos e de conceitos como derecho literal autónomo e agilidade das transacciones mercantiles. Michael Viriato, da Casa do Investidor, alerta: "Há quem aposte até 40% da carteira em CRIs sem entender as garantias." CRIs e CRAs dependem de recebíveis imobiliários e do agronegócio, respectivamente, enquanto debêntures variam sua segurança segundo a saúde financeira da empresa emissora — mostrando diferentes exemplos de títulos crédito tipos e documentos mercantiles.
Sem proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) e dependentes de avaliações dinâmicas das agências de risco — de AAA a D —, esses papéis podem ter sua classificação rebaixada a qualquer momento, comprometendo o retorno, o direito cobrarlo e até o capital investido, o que ilustra a importância do exercício do direito literal e da função jurídica dos títulos de crédito.
Liquidez e transparência seguem como desafios ao investidor de varejo que busca operar com títulos valor e títulos de crédito privado.
A aposta na valorização das isenções remanescentes faz crescer o mercado secundário, mas traz volatilidade. Daniel Brandão, da Monte Bravo, compara a estratégia à compra de imóvel na planta: "O investidor compra no primário para vender depois, embolsando a diferença." Porém, revender depende de condições de mercado, e a precificação ainda é opaca, o que desafia o exercício pleno das funções econômicas dos títulos crédito conceito. Suelen Salgo, da LUZ Soluções Financeiras, pontua que "investir em CRIs, CRAs e debêntures demanda acesso a informações e instrumentos analíticos." Diferentemente das ações, esses ativos têm pouca liquidez e grande variação de preço, dificultando decisões conscientes para quem está começando e precisa compreender conceitos como independência emissão títulos, finalidades jurídicas e econômicas do uso dos documentos no âmbito mercantil.
Conclusão
Em meio ao fim iminente da isenção do IR, debêntures, CRIs e CRAs ganham protagonismo inédito — mas, junto, cresce o risco para quem busca retorno fácil sem entender as regras do jogo dos títulos de crédito. O avanço do investidor pessoa física democratiza o acesso a operações de crédito e facilita transações mercantiles, mas expõe lacunas de transparência, necessidade de educação financeira e compreensão de documentos necessários para exercer direito literal. Fique atento: correr por benefício fiscal pode custar caro se a análise de títulos valor e sua função jurídica não for profunda.