Entre ganhos no mercado de ações e impasses no comércio exterior, Brasil equilibra otimismo e tensão nas mesas de negociação da Bolsa de valores brasileira.
O Ibovespa abriu a semana em alta, embalado por Petrobras ações e grandes bancos. O principal índice da bolsa brasileira subiu 0,72%, atingindo 137.321,64 pontos após três sessões de queda. Mais detalhes do desempenho do Ibovespa 137 mil pontos. A valorização foi puxada por Petrobras (PETR4), que ganhou 0,63% graças à alta do petróleo, e pelo Banco do Brasil ações (BBAS3), líder em volume negociado e avanço de 2,03%.
“Os papéis dos grandes bancos e petroleiras continuam funcionando como um termômetro do otimismo no Mercado financeiro brasileiro”, comentou um analista da Suno Research.
- Índice Ibovespa Futuro fechou perto de 140.160 pontos (+0,54%)
- RAIZ4 subiu 10,58%; CSAN3 avançou 5,29%
- PRIO3 foi a principal queda, recuando 3,14%
- Volume financeiro negociado superou R$ 4,20 milhões
Além disso, a Petrobras assinou contrato de R$ 3,2 bilhões com a OceanPact para operações submarinas, reforçando seu investimento em infraestrutura e tecnologia, destaque do Petróleo Brasileiro SA.
Dólar oscila com cautela, mas tendência de enfraquecimento é projetada
O dólar comercial subiu 0,68% na sessão, cotado a R$ 5,435, enquanto o mercado se prepara para o simpósio do Federal Reserve em Jackson Hole. Apesar da alta momentânea influenciada por incertezas externas, relatórios do Goldman Sachs preveem enfraquecimento da moeda norte-americana no médio prazo e valorização das moedas emergentes.
Os contratos futuros de juros subiram em toda a curva, exemplo: o DI1F27 fechou em 13,98% e o DI1F35, em 13,70%, refletindo cautela dos investidores diante do cenário internacional e das expectativas de política monetária nos EUA.
“Estamos diante de um ambiente global onde volatilidade e decisões externas impactam diretamente o câmbio local”, avaliou Rafael Perez, da Suno Research.
No universo cripto, o Bitcoin Futuro praticamente estabilizou em R$ 636.540,00, alta de apenas 0,06%, espelhando a moderação das bolsas americanas à espera dos próximos sinais do Fed. Veja também o movimento de dólar e Ibovespa hoje.
Política monetária e relações exteriores dominam tensões
Dados do IBC-Br frustraram expectativas e reforçaram sinais de desaceleração econômica, enquanto negociações Brasil-EUA travam diante de novas tarifas. O índice de atividade econômica do Banco Central caiu além do esperado, ainda que o trimestre permaneça positivo. Economistas destacam que setores dependentes de crédito sentem mais o impacto dos juros altos, enquanto o agro apresenta recuo sazonal em relação às Ações brasileiras.
“Esses números confirmam uma economia heterogênea, com alguns setores sofrendo mais que outros”, destacou Perez. Enquanto isso, as negociações comerciais entre Brasil e Estados Unidos emperram, com o ministro Fernando Haddad atribuindo a resistência a Washington: “Há disposição brasileira para negociar, mas barreiras americanas e interferências em temas jurídicos dificultam avanços”.
No Judiciário, o presidente do STF, Flávio Dino, reforçou que leis estrangeiras não podem ser aplicadas a cidadãos brasileiros, uma resposta direta às sanções internacionais recentes.
Internacionalmente, a reunião amistosa entre Donald Trump e Volodymyr Zelenskiy alimentou especulações sobre um possível acordo para a Ucrânia, enquanto Lula segue buscando ampliar parcerias, inclusive com a Rússia e o Equador. O Pregão bolsa continua sob influência das tensões internacionais e fatores políticos, o que exige acompanhamento cuidadoso por quem investe em BB ações Petrobras ou na carteira de ações das principais Blue chips do país.
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