Proposta liderada pelo presidente reacende debate fiscal e desafia resistência do Congresso.
Lula exibe cartaz defendendo a taxação dos super ricos durante manifestação do PT.
Reforçando sua pauta econômica progressista, o presidente Lula participou de manifestação e mostrou um cartaz pedindo apoio à [taxação dos super-ricos](https://www.taxgroup.com.br/solutions/taxacao-dos-super-ricos-o-que-isso-significa/). O ato representa não só a prioridade do governo na pauta fiscal e de ajuste tributário, mas também o esforço para engajar a opinião pública e pressionar o Congresso. "Cada macaco no seu galho", disse Lula, em resposta à disputa de competências com o Legislativo sobre o [Imposto sobre Operações Financeiras (IOF)](https://www.cnnbrasil.com.br/economia/macroeconomia/projeto-do-ir-preve-tributacao-de-10-para-super-ricos-veja-aliquotas/).
Em paralelo, membros do governo como Ceron defenderam a manutenção do IOF como medida crucial para a recuperação fiscal e a responsabilidade do Fisco, enquanto Haddad manifestou que não vê o imposto como obstáculo à reforma da renda e à transparência tributária. Parlamentares, no entanto, resistem ao avanço rápido dessa agenda, temendo perda de influência e impacto político para os detentores de alta renda.
- Congresso reage a tentativas de judicialização da pauta do IOF.
- Comissão aprovou audiência para debater cortes na Agência Nacional do Petróleo (ANP).
- Estudo mostra que 88% dos deputados apoiam isenção de IR até R$ 5.000.
Governo paga R$ 1 bilhão em emendas, enquanto reforça o discurso sobre ajuste fiscal.
Em meio ao impasse tributário, o governo federal confirmou o pagamento de R$ 1 bilhão em emendas parlamentares, estratégia vista como tentativa de manter diálogo com deputados e garantir votos para pautas prioritárias, como mudanças na alíquota e novas diretrizes de tributação sobre os mais ricos. Desta forma, o Executivo busca equilibrar concessões políticas e avanço de propostas fiscais – especialmente as relativas ao [imposto de renda (IR)](https://www.gov.br/planalto/pt-br/acompanhe-o-planalto/noticias/2025/03/presidente-envia-ao-congresso-pl-que-amplia-para-r-5-mil-a-faixa-de-isencao-do-imposto-de-renda/18032025_cartilha_digital_irv5.pdf) e à [tributação de altas rendas](https://www.gov.br/fazenda/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-e-programas/medidas-de-fortalecimento-da-regra-fiscal/faqs-para-download/29-11-2024-faq-tributacao-minima-da-alta-renda-irpf-2.pdf) –, num ambiente de contínua tensão entre Planalto e Congresso.
Enquanto membros do PT pressionam pela taxação dos mais ricos, alíquota mínima para super-ricos e redução de benefícios fiscais, pesquisas revelam desgaste do governo perante a Câmara: 46% dos deputados avaliam Lula negativamente, mesmo com iniciativas fiscais consideradas populares. Hugo Motta, por sua vez, destaca sustentabilidade e ajuste tributário como a principal pauta da Casa.
- Corte de benefícios fiscais pode economizar R$ 20 bilhões em 2026.
- Câmara vota, em tempo real, projeto que visa reduzir esses benefícios e garantir maior responsabilidade fiscal.
- Parlamentares afirmam perceber pouca atenção do governo à temática da transparência e equidade na tributação.
Disputa sobre reformas fiscais e IOF revela racha institucional no país.
A tentativa do governo de judicializar a queda do IOF escancarou fissuras entre Executivo, Legislativo e Judiciário. "Sempre existem", disse o ministro Lewandowski sobre tensões entre Judiciário e Congresso. Barroso e Gilmar Mendes, do STF, defenderam decisões sobre regulação de redes sociais e criticaram ataques ao Judiciário. Enquanto isso, parlamentares reagem: 51% sugerem que Bolsonaro renuncie à disputa de 2026, e 48% têm avaliação negativa do Supremo.
Com a aproximação das eleições, PT e Lula buscam reforçar o discurso social de taxação, imposto mínimo para ricos e justiça fiscal, de olho em apoio popular e contenção de desgastes internos. No entanto, a resistência parlamentar indica que a agenda de reformas e tributação enfrentará obstáculos complexos.
- Parte dos deputados rejeita impeachment de ministros do STF.
- PT realiza ações de comunicação digital para fortalecer apoio à "taxação BBB" e ao ajuste tributário.
- Oposição e aliados divergem sobre IOF: governo não quer confronto aberto, mas insiste em manter instrumento para reequilíbrio fiscal e reforço de transparência na arrecadação.
Conclusão
A ofensiva de Lula pela taxação dos super ricos ressuscita debates antigos no Congresso e define os rumos da política fiscal e da justiça tributária para os próximos anos. Apesar de articulações e concessões milionárias, a resistência parlamentar promete uma tramitação lenta e conturbada para qualquer proposta que envolva aumento de imposto ou novas alíquotas para alta renda. O embate não é só de cifras, mas de narrativas e disputas institucionais — num cenário em que o valor da informação, a mobilização pública e a transparência são cruciais para qualquer avanço real.
Mais que números, a discussão sobre quem paga a conta revela a dinâmica central do nosso tempo: justiça fiscal versus interesses estruturais e a busca pela responsabilidade no sistema tributário.
NOTICIAS REDNEWS | 02/07/2025
Até a próxima edição; É só o começo!
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[Entenda a taxação para rendas superiores a R$ 50 mil](https://www.infomoney.com.br/minhas-financas/imposto-dos-super-ricos-entenda-a-taxacao-para-rendas-superiores-a-r-50-mil/)