Lula Relança Velha Retórica para Sobreviver em Meio à Polarização Política Brasileira

July 4, 2025
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Presidente investe no “nós contra eles” para recuperar apoio e driblar impasses fiscais, mas encontra resistência no Congresso e dúvida nas ruas diante da crescente polarização política. Retomada eleitoral de Lula aposta na polarização tradicional e ressalta consequências da polarização política. Diante da proximidade das eleições de 2026 e da queda em sua popularidade, Lula tenta reconquistar a base eleitoral com discursos mais intensos de apelo popular, reativando a narrativa do “nós contra eles”, uma das manifestações mais conhecidas da polarização política brasileira. O presidente, que já foi celebrado como “pai dos pobres” e “mãe dos ricos” pelo sucesso do Bolsa Família e pela cooperação com o empresariado, agora revive o antagonismo entre elite e povo, especialmente após sofrer derrota na Câmara sobre o decreto que aumentaria o IOF. Segundo Lula, “os interesses de poucos prevaleceram no Congresso, o que é um absurdo”, refletindo os conflitos políticos que alimentam a polarização de ideias no país. - O veto a medidas impopulares como o IOF serviu de insumo para o Planalto insistir que a elite impede justiça fiscal no país. - Petistas comemoraram a postura conciliante do presidente da Câmara, Hugo Motta, em evento elitista, enquanto o próprio Motta rebatia: “A narrativa 'nós contra eles' leva ao governo contra todos”. Congresso barra aumento do IOF e tensiona relação com Executivo em ambiente de polarização no Brasil. A derrota do governo na tentativa de ampliar o IOF por decreto evidenciou não só desgaste político, mas também embate institucional típico de grupos politicamente opostos. A Advocacia-Geral da União (AGU) levou o caso ao STF defendendo que Lula tem prerrogativa para tal ajuste tributário. A Câmara, por outro lado, argumenta que aumento de arrecadação é competência exclusiva do Legislativo. - Motta declarou que avisou o Planalto sobre a rejeição iminente—“fui o capitão alertando sobre o iceberg”—mas não conseguiu frear o ímpeto governista em meio a intensos conflitos políticos. - Haddad reforçou que a proposta tributaria 140 mil pessoas mais ricas para beneficiar 25 milhões de brasileiros, afirmando: “Temos que fazer justiça no Brasil”, reacendendo o debate sobre consequências da polarização política para o diálogo político no país. Essa escalada jurídica, agora sob relatoria de Alexandre de Moraes, expõe uma nova dimensão da crise entre poderes no Brasil, evidenciando o desafio de medindo polarização política em situações de impasse institucional. Apoio social vacila enquanto gastos sobem e oposição cresce em clima de polarização de ideias. O governo Lula tenta aprovar medidas populares para mitigar desgaste, como a ampliação da isenção do IR até cinco mil reais, novos programas sociais, subsídios a energia e vale-gás. Mas lideranças do Centrão e oposição investem contra, criticando o aumento de ministérios e o direcionamento dos gastos para aliados políticos, aprofundando ainda mais a polarização política brasileira. - União Brasil e Progressistas já sinalizam candidaturas próprias e campanhas publicitárias anti-PT. - Pesquisas indicam que a tradicional base petista, os menos favorecidos, está menos engajada—seja pelo aumento no custo de vida e falta de resultados palpáveis, seja pela percepção de que conquistas sociais antigas, consolidadas, não motivam mais gratidão, uma mudança observada desde as Manifestações de 2013. Para o eleitor, como aponta Renato Meirelles, “há expectativa de justiça social, mas descrença na execução por Lula”, demonstrando como a polarização política afeta a confiança da população. Governo aposta na retórica polarizadora para se reposicionar, mas enfrenta resistência e ceticismo. O governo aposta em retórica polarizadora e medidas de impacto social para se reposicionar, mas enfrenta resistência institucional e crescente ceticismo popular. A velha fórmula “nós contra eles” pode revitalizar o debate eleitoral em um país marcado pela polarização no Brasil, mas não resolve o quadro fiscal crônico nem garante apoio consistente entre beneficiários tradicionais. Em ano pré-eleitoral, o Brasil assiste a um duelo entre narrativas e poderes—o desfecho desse embate pode definir não apenas a eleição, mas o futuro da governabilidade diante das consequências da polarização política. NOTICIAS REDNEWS 04/07/2025 Até a próxima edição; É só o começo! Leia Mais - Saiba mais sobre as causas e consequências da polarização política no Brasil no artigo da [Revista Humanidades](https://www.revistasuninter.com/revista-humanidades/index.php/revista-humanidades/article/view/157) - Veja uma análise detalhada sobre [existe polarização no Brasil?](https://www.cesop.unicamp.br/vw/1I8LyTqswNQ_MDA_32722_/6.%20Existe%20Polarizacao%20no%20Brasil.pdf) - Entenda as principais causas e consequências da [polarização política no Brasil](https://www.jusbrasil.com.br/artigos/a-polarizacao-politica-no-brasil-as-suas-principais-causas-e-consequencias-no-posicionamento-social-da-populacao-brasileira/741666946) - Confira informações sobre o conceito de [polarização política](https://brasilescola.uol.com.br/politica/polarizacao-politica.htm) - Explore artigo sobre [a polarização política no Brasil: causas e consequências](https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/politica/a-polarizacao-politica-no-brasil-as-suas-principais-causas-consequencias-posicionamento-social-populacao-brasileira.htm)
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Redator, REDCAST