Monark Explica Retorno ao Brasil

Criador revela insatisfação nos EUA e reforça desejo de influenciar o debate público brasileiro.
Monark afirmou que voltou ao Brasil por se sentir desmotivado e deslocado nos Estados Unidos, preferindo atuar no debate público nacional. O comunicador, conhecido pelo seu trabalho em podcast, participou de conversa na qual detalhou sua experiência após a mudança de país.
Segundo ele, a decisão de retornar ocorreu porque, “nos EUA, não tinha nada para fazer lá, Serjão. Eu sinceramente não quero produzir conteúdo pro americano”. Monark destacou sua conexão com o público brasileiro, dizendo: “Eu gosto do país, eu gosto do Brasil, tá ligado?”.
A entrevista, conduzida em formato descontraído, foi marcada pelo reencontro com Sérgio Sacani, que comentou: “Tá de volta. Você tá feliz que tá de volta, cara? Bom demais”.
Monark explicou que todo seu trabalho e relevância pública foram construídos no Brasil e que seu desejo é participar e influenciar o debate público local. A conversa contextualizou o cenário vivenciado pelo comunicador após sua saída do país, ressaltando o contraste cultural e as dificuldades em iniciar projetos em outro idioma e mercado.
Dificuldades no exterior e valorização do público brasileiro foram temas centrais.
Monark relatou ter tentado iniciativas nos Estados Unidos, incluindo abrir um podcast, mas encontrou barreiras: “Cheguei lá, era muito chato, não tinha nada para fazer, pô”. Tentativas de contato com figuras como Joe Rogan não avançaram, e mesmo com incentivo de outros criadores, Monark sentiu-se desmotivado. “Minha cabeça não tava muito…”, revelou sobre o período inicial após sair do Flow Podcast.
Outro ponto abordado foi a diferença de mercado. O anfitrião explicou como o CPM (custo por mil impressões) do YouTube é mais valorizado nos EUA: “Nos Estados Unidos é oito vezes maior do que o daqui do Brasil”.
Apesar disso, Monark reforçou não ter o “incentivo” necessário para investir em conteúdo em inglês, e ponderou: “Para mim, se eu puder participar aqui do debate público, influenciar o debate público brasileiro, eu já tô bem satisfeito”.
O valor da liberdade de expressão, tema recorrente em sua trajetória, também emergiu na pauta. O anfitrião sugeriu que os debates pró-liberdade seriam mais intensos nos EUA, mas Monark respondeu demonstrando cautela sobre replicar formatos internacionais, como os “open mics” de Charlie Kirk, por questões de segurança e adaptação à realidade local.
A repercussão do retorno de Monark ao Brasil gera expectativa sobre suas próximas iniciativas e participação no debate nacional.
Durante a conversa, Monark expôs sentir-se acolhido pelo público brasileiro e demonstrou intenção de consolidar seu trabalho por aqui: “Eu me sinto com propósito aqui, sabe? Eu me sinto como se eu tivesse um caminho para fazer alguma coisa aqui”.
Discussões sobre formatos de conteúdo, influências culturais e monetização digital mostraram a complexidade do cenário enfrentado por criadores que cogitam internacionalização. O bate-papo também pontuou desafios como começar uma carreira do zero em outro país e a importância de temas como liberdade de expressão, que têm ressonância distinta nos Estados Unidos e no Brasil.
Ao apontar que se sente mais útil interferindo no espaço nacional, Monark traça uma rota de revalorização do contexto local frente à tentação do mercado internacional. “O jogo grande, digamos assim, é o internacional, mas não tenho esse tipo de ambição”, cravou.