Novo Lázaro Cai Após Nove Dias de Caçada: avanço do crime organizado interestadual expõe desafios

A captura de Francisco “Laço” expõe desafios e tensões no combate ao crime organizado no Brasil interiorano.Perseguição policial implacável resulta na prisão de Francisco “Laço” e evidencia ameaça do crime organizado.Após nove dias à solta, Francisco Alleson Lima da Silva, de 22 anos e conhecido como “Laço”, foi finalmente capturado em Orizânia, interior de Minas Gerais, após operações complexas de repressão ao crime organizado interestadual. Considerado “extremamente perigoso” pelas autoridades, Laço vinha sendo perseguido desde 20 de junho, quando fugiu de uma abordagem da PRF em Manhuaçu, utilizando documentos falsos para tentar enganar os agentes.A caçada envolveu operações conjuntas da Polícia Rodoviária Federal, Polícia Militar e [Polícia Civil](https://www.poder360.com.br/poder-justica/crime-organizado-no-rio-nao-esta-so-nas-periferias-diz-dino/) de Minas e do Ceará. O suspeito, ativo no Comando Vermelho, demonstrou grande habilidade em se evadir, o que intensificou a mobilização policial. Ficou conhecido como o “Novo Lázaro”, referência ao criminoso que chocou o Brasil em 2021.“A atuação desse criminoso exigiu mobilização especial, devido ao seu histórico violento e às tentativas de resgate por faccionados”, disse uma fonte policial envolvida nas buscas.Informações complementares:- Laço pretendia migrar para a Rocinha, no [Rio de Janeiro](https://smallwarsjournal.com/2025/02/10/why-the-expansion-of-brazilian-gangs-is-largely-going-unnoticed/), reforçando a facção.- Usava áreas de mata fechada e documentos falsos para escapar.- Estava foragido do sistema prisional, com dois mandados de prisão por homicídio, agravando as preocupações relacionadas ao crime organizado transnacional.Ficha criminal reforça o temor em torno de Laço e aponta conexão com tráfico de drogas.O histórico do acusado evidencia envolvimento direto em assassinatos brutais típicos de facções de crime organizado interestadual. Entre os crimes atribuídos, destaca-se o homicídio de uma criança de nove anos, caso que ganhou grande repercussão no Ceará. Segundo dados do Tribunal de Justiça do Ceará, Laço era executor de rivais e usava precisão e método típicos do crime organizado.Citando documentos da investigação: "Trata-se de um criminoso de alta periculosidade, agente de execução de ordens faccionadas e violências extremas contra inocentes", reforça o relatório policial.Outros pontos:- O acusado liderava ações de intimidação em comunidades da região Norte e Nordeste, ligadas a práticas como tráfico de drogas e [tráfico de pessoas](https://www.unodc.org/lpo-brazil/es/crime/index.html).- Acredita-se que movimentos recentes indiquem planos de atuar em células criminosas no Sudeste, com possíveis conexões com outras facções como o PCC.Desdobramentos mostram risco de resgate, governança das facções e avanço do crime organizado interestadual.Durante a caçada, surgiram indícios de que outros membros do Comando Vermelho planejavam resgatar Laço, fato que elevou a tensão entre as forças de segurança. O deslocamento do suspeito por três estados revela a sofisticação e as capacidades institucionais logísticas do crime organizado brasileiro.As operações em Orizânia e cidades cercanas resultaram em cercos, reforço policial e bloqueios nas rodovias, além de intensiva troca de informações entre as polícias estaduais. Agora, a investigação se concentra nos supostos vínculos entre Laço e lideranças criminosas no Sudeste, examinando as estratégias do crime organizado interestadual e sua relação com políticas como a ENAFRON.“Vamos apurar se havia intenção de fixar residência ou apenas apoio logístico da facção na travessia”, revela um investigador. O caso reacende o debate sobre integração das forças de segurança e estratégias para combater o avanço territorial das facções criminosas e grupos organizados no Brasil.ConclusãoA prisão de Laço, depois de uma longa e arriscada perseguição, simboliza um raro êxito contra a expansão do crime organizado interestadual no Brasil. O episódio reforça tanto a força quanto os limites das operações policiais frente à mobilidade e ousadia de facções como o Comando Vermelho e o PCC. Os próximos passos das investigações podem esclarecer se Minas Gerais foi apenas escala ou se há risco de novas redes criminosas se instalarem na região, especialmente diante dos desafios à governança e às capacidades institucionais do Estado.No xadrez do crime organizado, cada prisão desse porte é mais que resultado: é também alerta e oportunidade para análise crítica sobre segurança pública nacional e políticas de enfrentamento ao tráfico de drogas e organizações criminosas transnacionais.NOTICIAS REDNEWS - 30/06/2025Até a próxima edição; É só o começo!Leia Mais- [Por que a expansão das facções brasileiras segue despercebida?](https://smallwarsjournal.com/2025/02/10/why-the-expansion-of-brazilian-gangs-is-largely-going-unnoticed/)- [Notas de políticas e informações sobre grupos criminosos organizados no Brasil (2025)](https://www.gov.uk/government/publications/brazil-country-policy-and-information-notes/country-policy-and-information-note-organised-criminal-groups-brazil-march-2025-accessible)- [Estudo sobre combate ao crime organizado e ENAFRON](https://repositorio.enap.gov.br/bitstream/1/7965/2/Trabalho%20final%20(Vanessa%20de%20Paula%20Pessoa).pdf%20com%20ficha1.pdf)

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