Santander Aumenta Lucro, Mas Selic Freia Meta de Eficiência Operacional Bancária

Banco enfrenta maior rentabilidade em anos, porém, taxa de juros desafia ambição dos executivos e limita avanços em eficiência operacional bancária.
Rentabilidade do Santander cresce, mas segue abaixo do alvo na eficiência operacional bancária.
No segundo trimestre de 2025, o Santander (SANB11) apresentou uma rentabilidade de 16,4%, uma das maiores da instituição nos últimos anos, mas ainda distante da meta global de 20%. Segundo Mário Leão, CEO do Santander Brasil, o obstáculo central para alcançar esse objetivo é o atual patamar da Selic, que se mantém em 15% ao ano, recorde das últimas duas décadas.
“É evidente que um nível alto da Selic dificulta a concretização dessa meta, uma vez que a taxa de juros mais elevada aumenta o custo financeiro para manter a carteira de títulos”, afirmou Leão.
O banco sinaliza que parte dos segmentos já atinge a rentabilidade desejada, enquanto outros se encontram em ritmo de evolução. Leão reforça o direcionamento estratégico de depender menos da Selic, apostando fortemente em eficiência operacional e na modernização bancária: “Estamos empenhados em reduzir a dependência de uma queda na Selic para melhorar nossa rentabilidade, buscando isso por meio do aprimoramento da eficiência, que venho defendendo nos últimos trimestres”.
Eficiência operacional atinge melhor marca em três anos com apoio da inteligência artificial generativa e produtividade bancária
A transformação digital tem sido protagonista dos avanços de eficiência operacional bancária do Santander, otimizando a rede de agências e aumentando a produtividade. Segundo o relatório oficial, a instituição alcançou um índice de eficiência de 36,8%, queda de 2,5 pontos percentuais em relação ao mesmo trimestre de 2024. Esse resultado destaca o esforço contínuo em reestruturar processos e investir em tecnologia, incluindo operações logísticas aprimoradas e soluções orientadas por dados.
- O banco indica haver margem para continuar avançando em eficiência nos próximos trimestres, destacando o papel da inteligência de risco e recursos bancários otimizados.
- Melhorias operacionais buscam blindar os resultados contra oscilações no cenário macroeconômico, impactando receitas bancárias e a continuidade operacional.
O contexto se impõe: bancos brasileiros vêm investindo massivamente em digitalização para permanecerem competitivos, especialmente diante de custos regulatórios, do fortalecimento da segurança bancária e operando em todo o setor financeiro. O uso de banco de dados global e agilidade operacional contribui para turbinar operações e impulsionar produtividade, consolidando uma eficiência turbinada no setor.
Reservas para inadimplência crescem, refletindo cenário desafiador e importância do processo de apuração e segurança bancária
O aumento das provisões para devedores duvidosos (PDD) evidencia o ambiente ainda incerto. No segundo trimestre de 2025, as provisões subiram 16,4% em doze meses, totalizando US$ 6,862 bilhões, com reservas para recuperação de crédito saltando 21,8% ante mesmo período de 2024. Gustavo Alejo, CFO do Santander, explicou que altas de pedidos de recuperação judicial, especialmente no setor agro, geram pressão sobre o chamado "estágio 3" de inadimplência.
- A cobertura dos estágios de recuperação é arduamente monitorada por inteligência de risco.
- A carteira de varejo pessoa física e financeira, porém, mostra desempenho positivo, com apuração de indícios mais precisa.
- “Hoje, só fazemos acordos se houver pagamento em caixa excedente”, destaca o CEO, apontando rigor na gestão de riscos e no acompanhamento do processo de apuração.
A estratégia do banco inclui foco em clientes de alta renda e maior seletividade, além de centralizar operações para construir uma carteira menos vulnerável ao calote mesmo com o contexto macroeconômico volátil. O compromisso com a solução contra lavagem e o rigor na prevenção ao financiamento do terrorismo integram a estratégia de segurança bancária e proteção das operações financeiras.
Apesar do avanço relevante na rentabilidade turbinada e recordes em eficiência operacional bancária, o Santander ainda esbarra no obstáculo macroeconômico representado pela alta da Selic, além de lidar com o aumento das provisões para inadimplência. O banco aposta na transformação digital, inteligência artificial generativa e rígida gestão de riscos para, quem sabe, finalmente atingir a ambiciosa meta dos 20%.
O mercado segue atento às perspectivas bancárias, pois mudanças no cenário e na condução das políticas poderão ditar novos rumos para o setor financeiro brasileiro, consolidando a eficiência operacional bancária como diferencial-chave e testando a resiliência dos grandes bancos diante da volatilidade econômica.
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