
Em resposta à pressão popular e parlamentar, governo acelera vigilância eletrônica e protocolos de emergência na rede de segurança escolar de Santa Catarina.
Governo investe em segurança escolar Santa Catarina com 10 mil câmeras e botões de pânico nas escolas estaduais.
O Governo de Santa Catarina anunciou um ousado reforço na segurança escolar: serão instaladas aproximadamente 10 mil câmeras de segurança e botões de pânico em 1.038 unidades escolares da rede pública estadual. O objetivo é a identificação precoce de desordens, agressões e situações de risco, promovendo ambientes mais protegidos para alunos e funcionários, fortalecendo a prevenção escolar.
O anúncio, feito em 14 de julho, atende à cobrança da Assembleia Legislativa para cumprimento da Lei nº 18.643/2023, que exige videomonitoramento e reforço de segurança escolar em toda a rede estadual. Segundo o governador Jorginho Mello, “a contratação das câmeras será feita por pregão, garantindo ampla cobertura e proteção efetiva.”
Entre as soluções tecnológicas, destacam-se:
- Instalação de sensores de movimento em áreas estratégicas;
- Botão do pânico para acionamento rápido das autoridades em emergências;
- Monitoramento em tempo real, facilitando resposta imediata a incidentes.
A medida chega após críticas e cobranças sobre o cancelamento de contratos anteriores de vigilância, situação questionada publicamente pelo deputado Mario Motta: “Faltava uma resposta clara do governo. Agora, parece que começamos a ver ação concreta no programa rede segurança escolar.”
Pressão política catalisa implantação de tecnologia e policiamento escolar na segurança nas escolas SC.
A movimentação do Legislativo foi determinante. Durante sessão ordinária da Alesc, em 9 de julho, parlamentares pressionaram o governo de Santa Catarina a cumprir sua responsabilidade legal, sobretudo diante do aumento das preocupações com a segurança em ambientes escolares — realidade agravada por incidentes recentes em todo o país.
Para além do monitoramento eletrônico e da instalação de câmeras, o estado fortalece sua parceria com as forças policiais. A Polícia Militar de Santa Catarina já atua intensamente no programa Escola Mais Segura desde 2023, patrulhando perímetros escolares e ativando protocolos especializados — entre eles o FEL (Fugir-Esconder-Lutar), voltado para situações de ataque. A Polícia Civil, por sua vez, desenvolveu o Protocolo Presente, com inspiração em modelos israelenses e norte-americanos, otimizando respostas rápidas a potenciais ameaças à segurança na rede pública.
A resposta do Executivo vem na esteira desse “empurrão parlamentar”, evidenciando a influência do Legislativo no ritmo das políticas públicas e nos avanços da PMSC em segurança escolar.
Mudanças refletem nova abordagem sobre segurança e cultura escolar em Santa Catarina.
A introdução maciça de câmeras nas escolas e tecnologia de emergência revela uma negação da passividade estatal diante de riscos e agressores. O investimento em sistemas eletrônicos, integrado à atuação policial e protocolos internacionais, representa uma transição de paradigma: de simples vigilância para uma cultura escolar proativa em segurança.
Além disso, as medidas buscam mitigar não só eventuais episódios de violência, mas também criar sensação de segurança — componente fundamental para o bem-estar da comunidade escolar. Pais, professores e alunos, historicamente receosos diante de notícias de ataques nas escolas do Brasil, agora observam uma resposta institucional mais robusta e coordenada por meio do programa institucional Polícia nas Escolas.
Como observa o sociólogo: a adoção de tecnologia aliada ao engajamento coletivo sugere um processo de aprendizagem institucional, onde o Estado incorpora e adapta estratégias globais, respondendo a pressões internas e externas e fortalecendo a prevenção de crimes nas escolas.
Conclusão
O anúncio do governador Jorginho Mello e do governo catarinense sintetiza uma nova era de vigilância e prevenção escolar no ambiente escolar, impulsionada tanto por demandas sociais quanto por cobranças legislativas diretas relacionadas à segurança escolar em Santa Catarina. A instalação de câmeras, sensores e botões de pânico é mais do que reação — é uma redefinição do que é considerado um espaço seguro de aprendizagem.
O foco em integração tecnológica, rede de segurança escolar e protocolos policiais coloca Santa Catarina na vanguarda da proteção escolar no Brasil. A atenção agora se volta à execução: sua eficácia será fundamental para consolidar a confiança da comunidade escolar e inspirar políticas semelhantes em outros estados.
Informação, adaptação e ação: pilares de sociedades que buscam evoluir diante de riscos emergentes para a segurança nas escolas em SC.